Fabrício Basto 1 de julho de 2014 Livros, Segurança
Em livro, o jornalista que divulgou a espionagem americana afirma que todos somos alvos.
Não apenas os presidentes e chefes de Estado precisam se preocupar com a espionagem americana. A Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) pode estar monitorando o roteador ou o servidor de internet da sua casa ou empresa. É o que afirma o jornalista Glenn Greenwald em seu novo livro “Sem lugar para se esconder”. Greenwald ficou conhecido depois de publicar, em 2013, no jornal britânico “The Guardian”, uma série de matérias que denunciavam a espionagem em larga escala praticada pela NSA, a partir de denúncias do ex-agente Edward Snowden.
Quase um ano depois, novas revelações vêm à tona com o lançamento de seu livro. Em entrevista a Milton Jung, no jornal da CBN, o jornalista revelou que a NSA investe pesado em espionagem e até já adquiriu um sistema para monitorar as comunicações das pessoas feitas durante viagens de avião.
Ele disse também que não apenas pessoas suspeitas viram alvo das investigações – todos somos monitorados. Na entrevista à CBN, Glenn explicou ainda que a agência faz intervenções físicas em equipamentos, como roteadores e servidores, para monitorá-los. “Eles falam para não comprar produtos da China porque o governo chinêspode invadi-los, mas é a NSA que está fazendo isso. Se alguém compra um produto nos EUA, a NSA vai pegar o produto quando ele estiver sendo enviado, vai abrir o pacote, colocar algo para interceptar as comunicações, fechar o pacote novamente e enviá-lo. E as pessoas vão usar esses produtos sem saber que estão sendo monitoradas”, conta.
Uma das maiores fabricantes desse tipo de equipamento dos EUA, a Cisco, chegou a admitir falhas se segurança, mas afirmou ter “participação zero” no esquema da NSA. Para o coordenador de operações de rede e segurança da ISH Tecnologia, Lierte Bourguignon Cardoso Junior, a ameaça é real. “Esta vulnerabilidade é conhecida como ‘backdoor’. É uma falha de segurança que pode permitir a invasão do sistema por um cracker, para que ele possa obter um total controle da máquina. E se ele obtiver esse controle, as informações e arquivos do computador podem ser roubados”, explica. A má notícia é que se proteger de uma espionagem é tarefa quase impossível. Quem tem um equipamento de um grande fa-bricante – mesmo que não seja americano – pode, sim, estar em risco. “Uma ação imediata seria instalar criptografias e certificados de segurança, mas a NSA já obrigou as em- presas que fazem esse serviço a fornecer o algoritmo. O maior problema é o desconhecimento. Não temos como saber se estamos seguros”, diz Lierte.
Fonte: Jornal A Gazeta
Fabrício Cristiam Basto, nascido e criado no interior do Espírito Santo, em São Gabriel da Palha, você conhece? Ache no Google Maps! Sou formado em Administração de Empresas com ênfase em Análise de Sistemas – CRA: 9009, com especialização em finanças, tecnologia da informação e gestão pública.Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3014017071032681