A crise financeira se manifesta de muitas formas e as demissões são uma delas. Essa situação pode levar a posições extremas e hostis, se transformando em uma ameaça para a segurança das informações da empresa.
Como evitar que um funcionário, agora ex-funcionário, leve informações sobre contratos, fornecedores, estoques, políticas de preço, canais de distribuição, remuneração de vendedores, estratégias de novos produtos, senhas e informações de clientes?
Se você pensa que isso nunca vai acontecer na sua empresa, acho melhor repensar a situação pois casos como esses estão cada vez mais comuns. Mesmo aquele funcionário que você acredita ser extremamente confiável pode surpreender em momentos como esse.
Uma pesquisa feita pela Cyber-Ark Software aponta que mais da metade dos trabalhadores do setor financeiro em Nova York, Londres e Amsterdã disseram que já baixaram dados corporativos e que planejam utilizá-los em seus próximos trabalhos. Além disso, 71% de todos os entrevistados disseram que necessariamente levariam dados corporativos com eles se fossem confrontados com a perspectiva de demissão em futuro próximo.
Alguns cuidados e procedimentos simples podem evitar muita dor de cabeça no futuro. É o que veremos a seguir. Por incrível que possa parecer, uma grande quantidade de ex-funcionários ainda continuam a ter acesso (com suas senhas válidas) a sistemas corporativos, mesmo depois de passados vários meses de seu desligamento da empresa. Por isso, cuide para que os acessos e senhas sejam desabilitados logo após a demissão do colaborador. Essa situação fica ainda pior quando o colaborador é da área de TI.
Administradores de sistemas e usuários que conhecem as senhas root (superusuário) podem causar um dano muito maior pois suas senhas tem acesso a praticamente qualquer parte do sistema, podendo alterar a configuração do que desejarem.
O departamento de recursos humanos é um grande aliado nesta situação, como por exemplo, analisando o perfil de cada profissional que será desligado da empresa. Junto com o RH, a área de TI deve estar a par do que será feito para que ela também possa tomar as providências na proteção dos sistemas.
O uso de ferramentas de segurança de conteúdo, backups, firewalls, filtros de conteúdo e spam, além de antivírus podem tornar o ambiente um pouco menos vulnerável. Além das ferramentas uma política de segurança com procedimentos para criação e remoção de senhas, direitos de acesso a informações e sistemas pode evitar a ocorrência de problemas mais graves. Mesmo com todos esses cuidados não podemos afirmar que o ambiente está 100% seguro, mas já é um bom ponto de partida para a redução dos riscos envolvidos.
Fonte: Gazeta on-line – Gilberto Sudré
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